Com poucas
horas passadas após as 2 horas muito intensas da resistência de Vila Viçosa, ainda
faltava o meu segundo desafio pessoal para este fim-de-semana. A IV maratona do
Fojo ao Rossio ao Sul do Tejo, prova organizada por gente simpática onde preservo
alguns amigos, por isso fiz questão de estar presente pela terceira vez.
Apesar
de uma noite muito mal dormida, a manha começou por volta das 6:30 onde me dirigi
ao Café Telheiro, local do ponto de encontro, onde tive a boleia do Sr. A. B.
Neves e a companhia do C. Bilro.
Carregamos
as bike e enchemos grande parte da mala do jeep de garrafões e sacos com
tampinhas, já que mais um ano estava a decorrer da parte da organização a angariação
de tampas plásticas para uma criança que nasceu com uma deficiência.
Por
volta das 8:15 chegamos ao Fojo, local já nosso conhecido de anteriores edições.
Descarregamos as tampas junto ao secretariado e de imediato levantamos os dorsais.
Dez
minutos antes já tinha passado o controle 0, embora não estivesse muito junto ao
pessoal da frente, estava num bom lugar para saída. Antes de começar dei por
mais uma falha técnica e imprescindível para mim, o meu mp3 estava sem pilhas,
sendo um dos objectos que nunca prescindo em qualquer exercício físico. Estava
a começar mal a prova ainda antes de partir..
Para
esta edição fiz a minha escolha na distância intermédia de 35km, pois além de não
ter qualquer hipótese de pódio na distância maior o desgaste físico também era
esperado.
Em serviços mínimos.. |
A partida
foi dada á hora certa, onde seguimos por alcatrão atras de uma viatura da GNR cerca
de três quilómetros, onde ganhei mais umas posições. Á saída do alcatrão estava
montada uma enorme armadilha, com algumas dezenas de metros de muita areia,
onde os participantes pareciam "tordos" a cair e outros a parar no
meio do areal, eu como raposa velha fui fazendo gincanas por entre os
participantes onde ganhei de imediato ainda mais lugares.
Os primeiros
quilómetros eram esperados quase sempre a subir onde notei que as minhas pulsações
estavam muito baixas em relação ao normal e que seria o primeiro sintoma do apos
resistência.
Ao fim
de 7 quilómetros já seguia sozinho, sem avistar ninguém nem á minha frente nem atrás,
o que achava estranho. Ao passar por uma pessoa da organização disse-me a posição
em qual eu seguia, e fiquei com a sensação que disse nos 15 primeiros. Segui a
pensar que até não era mau, só tinha que tentar manter aquele resultado, pois
estava a pedalar em " serviços mínimos".
Já cheira á meta.. |
Ao
chegar á separação cerca do quilómetro 25 existia uma picagem onde o pica, me
informou que era o segundo classificado para os 35km e que o primeiro ia 2 minutos
á minha frente. Ganhei nova força física pois afinal ia e sempre andei nos 5
primeiros e não nos quinze como tinha parecido ouvir antes.
Então a
minha preocupação passou a ser em manter o segundo lugar nos dez últimos quilómetros
que ainda tinha pela frente, com mais umas descidas, subidas, singles um pouco
de tudo...
Ao fim
de 01h:36m em um percurso muito irregular com um sobe, desce, a rolar, com
zonas de muita areia, pedras e lixo de eucaliptos, o acumulado chegou aos 600m com
uma pulsação media e anormal para mim de apenas 155 rpm, lá cortei a meta na segunda
posição da geral e 1º do meu escalão, com uma enorme salva de palmas do amigo
Renato e Carlos, um premio mais que merecido com os serviços mínimos assegurados.
Mais um pódio da dupla Cannondale/Merino |
Apos a
chegada das velhadas, onde o Carlos também fez pódio no 3º lugar de veteranos C,
fomos tomar um belo duche e almoçar.
Mais uma
edição de sucesso dos simpáticos amigos do Fojo Zybex, este ano com os erros da
má marcação do ano passado.
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